O capital de giro é o dinheiro que a empresa precisa para manter suas operações diárias, como pagar fornecedores, salários e aluguel.
Em resumo, é um recurso essencial para assegurar o bom funcionamento e o crescimento saudável do negócio.
Por isso, é fundamental que pequenos e médios empreendedores compreendam o conceito de capital de giro e saibam como administrá-lo.
Neste artigo, você vai entender melhor a importância do capital de giro e descobrir dicas práticas para uma gestão eficiente.
O que é capital de giro?
O capital de giro é a reserva que permite o funcionamento contínuo de uma empresa, garantindo que todas as despesas sejam pagas em dia e mantendo a qualidade das operações.
Para o proprietário de um pequeno negócio, como uma loja virtual, o capital de giro ajuda a cobrir custos com embalagens, fornecedores, etiquetas, equipamentos e outros gastos essenciais.
Na prática, se você precisa de R$ 2.000 para manter seu negócio funcionando, é crucial ter essa quantia em caixa, independentemente de ter recebido dos clientes ou não.
Por exemplo: imagine que em setembro a loja do João vendeu R$ 3.000. Com esse valor, sabendo que ele precisa de R$ 2.000 para manter a loja operando, ele paga as contas e ainda lucra R$ 1.000.
Mas se em outubro ele vendeu apenas R$ 300, João terá que desembolsar mais R$ 1.700 para cobrir os custos operacionais do negócio.
Para manter a empresa financeiramente saudável, é essencial que João tenha sempre os R$ 2.000 disponíveis.
Assim, mesmo quando não tiver recebido todos os pagamentos, João terá dinheiro em caixa para pagar as despesas.
Para quem o capital de giro é indicado?
O capital de giro é recomendado para empresas de todos os tamanhos e setores.
Isso inclui lojas virtuais, revendedores e até pessoas que buscam uma renda extra com pouco investimento.
Afinal, ele garante estabilidade financeira e o funcionamento adequado do seu empreendimento.
Quais são os tipos de capital de giro?
Entre os principais tipos de capital de giro, destacam-se: líquido, negativo, próprio e associado a investimentos. Cada um tem suas características específicas, sendo essencial conhecê-las para manter suas finanças organizadas.
A seguir, vamos explorar o conceito e as principais características de cada um deles.
Líquido
Esse tipo considera apenas os ativos circulantes, ou seja, avalia o capital de giro de curto prazo. A fórmula utilizada é simples: saldo do ativo circulante da empresa menos o valor do passivo circulante.
Negativo
Quando falamos de capital de giro negativo, é importante entender que qualquer financiamento, como empréstimos de longo prazo, contribui para aumentar o valor do capital de giro.
Para que o capital seja negativo, o valor das aplicações permanentes da sua empresa deve ser maior do que as fontes de renda contínua.
Na prática, considera-se capital negativo quando o montante de empréstimos e outras aplicações excede as fontes de estabilidade financeira da empresa.
Mas como isso funciona? Vamos explicar!
A empresa financia parte de seu ativo não circulante com recursos de curto prazo.
Próprio
Este é um dos tipos mais simples de capital de giro para se entender.
Em resumo, ele representa todos os recursos da sua empresa que são suficientes para mantê-la operando sem a necessidade de recorrer a recursos externos, como empréstimos e financiamentos.
Aqui, consideramos as fontes de receita da empresa que garantem o cumprimento de suas obrigações financeiras, incluindo as despesas relacionadas à manutenção do negócio.
Associado a investimentos
Esta é uma modalidade híbrida, pois combina o capital de giro próprio com aquele associado a investimentos feitos pela empresa.
Um bom exemplo disso é quando a empresa precisa investir na compra de novos equipamentos ou na modernização dos existentes para seus colaboradores ou para o desenvolvimento de uma nova solução.
Como calcular a necessidade de capital de giro?
A melhor maneira de calcular o capital de giro líquido de uma empresa é utilizando a seguinte fórmula:
Capital de Giro Líquido (CGL) = Ativos Circulantes (AC) – Passivos Circulantes (PC).
Basicamente, os ativos circulantes representam o dinheiro disponível da empresa, incluindo o dinheiro em caixa e no banco.
Já os passivos circulantes são as contas a pagar, como salários e fornecedores.
Como fazer a gestão de capital de giro?
A gestão de capital de giro envolve várias etapas, que são: identificação e corte de gastos, manutenção do foco e disciplina, negociação com fornecedores e clientes, e avaliação da necessidade de um empréstimo com juros baixos.
A seguir, detalhamos cada etapa para que você possa aplicá-las de forma inteligente em sua empresa.
1 – Identifique e corte despesas
O primeiro passo é fazer uma análise minuciosa das finanças da sua empresa, identificando gastos que podem ser eliminados ou reduzidos.
Manter as finanças em ordem é crucial, pois muitas empresas falham devido à má gestão do capital de giro, como aponta um estudo do Sebrae.
2 – Mantenha o foco e a disciplina
Ao utilizar o capital de giro, é essencial ser rigoroso no controle financeiro, minimizando possíveis riscos futuros.
Por exemplo, nunca use seu capital de giro para cobrir um gasto sem repor o valor quando o dinheiro entrar no caixa.
Essa prática pode ser extremamente prejudicial para o sucesso de qualquer empresa, independentemente do seu porte.
Veja também: 10 estratégias de precificação de produto
3 – Atraia os clientes certos para a sua empresa
Ter uma base sólida de clientes ajuda a manter os consumidores por mais tempo e, naturalmente, a saúde do capital de giro.
Em resumo, o capital de giro é fundamental para o sucesso financeiro de qualquer empresa.
Uma gestão eficiente permite manter o fluxo de caixa saudável, cumprir obrigações financeiras e investir no crescimento do negócio.
4 – Avalie a necessidade de um empréstimo com juros baixos
Apesar do planejamento e do cuidado com as finanças, algumas empresas enfrentam dificuldades para manter o capital de giro.
Por isso, é crucial desenvolver estratégias para ampliar ou movimentar o capital através de terceiros.
Escolha empréstimos com os menores juros possíveis e avalie se o financiamento realmente ajudará sua empresa a resolver problemas e manter o capital de giro.
5 – Negocie com fornecedores e clientes
Busque formas de pagamento mais flexíveis com seus fornecedores, como prazos mais longos ou descontos para pagamentos à vista.
Em relação aos clientes, procure reduzir os prazos de financiamento ou aumentar a lucratividade, buscando estratégias que beneficiem tanto o seu negócio quanto o cliente.